Palavras à Milanesa

Palavras à Milanesa
Não! Este blog não é de gastronomia. Mas de palavras. À Milanesa. Palavras simples como este prato de arroz com feijão, bife e batata frita.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Réveillon

Todos no mesmo tom, na expectativa. Os convites já
chegaram. A melhor roupa vão tirar do armário. Todos os conflitos
internos vão aparecer. Mas é pra resolver todos os desejos secretos. Todos os decretos.
Todos juntos no mesmo barco.
A festa vai ser bonita. Se depender do externo, tudo certo. Se depender
do interno, alguns acertos. Vale respirar fundo. Vai ser bonita a
festa! Pela fresta todos olham. Ninguém se entrega, mas todos olham.
Colocam então o melhor sorriso à disposição. Às vezes é que o
sorriso não é são.
A noite que chega do 31 é derradeira. Disto ninguém se livra! O
ano vira para todos e para todos é recomeço. Não tem parada. Tudo está em pé.
Todos jogam confetes. Mas se é sério é sério.
Receba-se o ano que chega na praia, na lagoa ou mesmo na serra.
Mas seja onde for, todos estão em busca. Sob nova direção, leme na mão, o mar agora está pra peixe. Não se queixe: 2011 está aí, aproveite!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Fátima Guedes

Ouvir Fátima Guedes é benção pra alma.
Viola, gentilmente, os cinco sentidos, além do sexto.
É intuição pura, é calma, é melodia.
Noite, dia, todas as estações.
violão, voz de veludo é tudo.
E eu aqui, mudo, quieto, repleto, completo por ouvir.
Sentir Fátima Guedes no palco é um alento,um dilúvio de intensidade plena.
Viva à maior compositora do Brasil e uma grande intérprete!

MOTIVO

Eu canto por que o instante existe.
E minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não se, não sei. Não sei se fico ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.


Cecilia Meireles

sábado, 11 de dezembro de 2010

NO CORPO DO EMAIL CORPORATIVO

No corpo do email uma nova sensação. Poucas palavras, abreviadas, frases curtas, spams, exclamação! No título do assunto, a mensagem rápida, rasteira, reta e objetiva: sinto muito, não cumpri o cronograma estabelecido razoável para entrega do finado documento a tempo e a hora. Maldita planilha, nenhum homem é uma ilha, e eu me convenço. Palavras, palavras ao vento. Falsas promessas, requerimentos. Mas no instante instigante extasiante e eletrizante seguinte, eu me reivento, me motivo. Qual locomotiva, atropelo. É assim na vida corporativa. Por ela eu zelo. De tanto tentar tatear, encontrar o mar, reconhecer o ambiente e o meio, eu venço ! Inteiro. Sem lenço, documento, sem sobrenome, sobrecarga e sobremesa, só com a carteira de trabalho e uma certeza. Logo eu, que não quis atalho, mas fiz o caminho. Optei. Vinho tomei às vezes. Cerveja sempre! Naveguei. Fui ao mar distante, fiz mil viagens e voltei. Pela internet. E agora as almas estão lavadas. Algumas mais levadas, outras não. Mais leves. As armas guardadas, sem munição. Mouse e o cursor apontam nova direção. GPS na mão e a roupa suja já se lava em casa, dentro do coração, nossa morada. Namorada, nova estação, verão. Nisso eu escuto no rádio do carro a nossa canção. É Lô Borges chegando, com seu violão. Pára o mundo, mas eu não quero descer. Vale eternizar o momento, dedilhar o instrumento que o eterno Deus Mudança deu. Avançar!E quase que eu me esqueci que o tempo não para nem vai esperar. Vento de maio, rainha dos raios do sol, estrela qualquer lá no fundo do mar. Solar, Solar, Solar.

domingo, 7 de novembro de 2010

ESTADO DO ESPÍRITO

É onde ficam
os mais bonitos
os mais sensíveis, os mais repletos
os invisíveis, que modificam;

Dileto, o espírito certo
o espírito casto, o espírito reto
o espírito chão;

Estrado é chão
Espírito irmão
fica aonde der
gosta de querer;

Espírito é bom
até de baixo d'água
não tem mágoa, não tem som
é pura retaguarda;

Espírito são
santinhos de papel
espíritos do bem
espíritos do céu;

Espírito Santo
São Paulo
Belém
Espíritos que vêm;

Espírito é calma
alma,
coração
aos espíritos de fato
faço uma canção;

Falta tato,
ao espírito não
É mascarado,
o espírito não;
É pura verdade
os espíritos são
É pura pessoa, realidade, é você, meu irmão.

NATUREZA

E de repente centenas de javalis invadem as praias tropicais e a natureza respira aliviada. Ali, parada, a raça humana fica estarrecida.
O relógio marca um tempo que não há. Não existe e insiste em representar. Milhares de canários belga chegam de longe, de distante mente.
As estações do ano, as estações de trem. Ninguém chega, ninguém vem.
Primavera, ora, outono, ou todos juntos verão o inverno.
Nada mais me interessa, se não perder a pressa que achei quando nasci.
A criação é a mais bonita arte, vaidade de verdade é refletir. A quem interessar possa, o ser chegou ao fundo, ao fundo pra ver. Que não está sozinho no poço.

VIRGEM

Já não como do amor, nem provo mais do seu sabor.
Já não vivo mais dele.
Tão bonito amor aquele, que hoje não passa de pele.

Ando pela rua, o vejo ali parado.
Aquele amor alado, hoje não passa do chão.

O amor está de luto, aquele amor absoluto.
Hoje é tudo, menos fruto.
Pedaço de pão.

O amor me deu o golpe.
Nem carta, nem envelope.
Me tirou da disputa, me tirou do combate.
Hoje, é apenas um cão que late, late, late.

TEMA PARA UM LINDO DIA OU UM EXERCÍCIO DE OTIMISMO

Clarear, esclarecer
Aprender pela cartilha da vida e pela paz!
Desobstruir, encorajar!

Clarabóia: entrada de sol, estrada de luz!
Deixar o sorriso passar, estampar felicidade no rosto.
Botar roupa nova todo o dia, ou ter essa sensação.
Estar de bem com a vida, Harmonia, Harmonia!

Vestir branco, ver à cores, estar por cima!
Enxergar sem óculos, tornar os dias mais bonitos, querer bem!
Sorrir a todas as manhãs, mesmo as escuras.

Dar à luz uma menina Clara, alva e sapeca e um menino Francisco, levado, bem quisto.
Saber ser igual, sendo diferente, falar a mesma língua, brincar de boneca.
Jogar peteca.
Gostar de criança como quem gosta de natureza e de natureza como quem gosta de criança.....

Tomar toda a sorte de sorvetes aos domingos na praça
Ou na cama, quem sabe, num belo ritual, coletivo, individual
Pai, mãe, filhos.
Andar no trilho....ou às vezes não.
Ir ao cinema e ter vontade de voltar logo ou de vocês crescerem depressa pra irem com a gente.

Ver beleza à beça, transbordar, transcender.
Estar cheio de coragem para os dias que virão!
Trabalhar e ver crescer, semear! Pensar no próximo verão.
Deus abençoe, Clara e Francisco, exercício de otimismo, pura oração.
Que o calor do mundo novo os aqueça sempre e os leve, carinhosamente, pela mão!

PASSATEMPO

Tempo rima com vento.
E os dois passam.
Relógio não rima com nada.
Não nada, nem rema.
Mas não pára, não pára.
Passa tempo, passa tempo, tempo, passa....

O SOL

O Sol se estabeleceu!
O sol, se está belo sou.
Se está belo, sei.
O céu se está céu é mel e meu.
O seu se está belecéu.
Se está belo é céu.
Se amarelo é sol.
Se está belo é nosso.
No por do sol, eu posso.
No nascer, eu acredito.
Hoje é um dia bom, amanhã será mais bonito!

PARA FRANCISCO ( QUANDO CUMPRIU DOIS ANOS)

No Frescor dos teus dois anos de infância pura e plena.
Que Deus te conserve assim, leve, de alma serena.
Que Deus te observe e guarde, pra viver a vida sem alarde.
Com fé, força e vontade.

Que teus caminhos sejam sãos e bons.
E os caminhos são, Francisco, para seguir.
É preciso sempre força e amor, sem esforços a medir.
E coragem pra seguir viagem. Adiante, avante, sempre!

Em teu segundo fevereiro, de mil outros que virão, ajudo a plantar no teu peito a semente da oração.
Que São Francisco te abençoe e acalente o coração!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

VIOLONISTA, PEBLEU E JARDINEIRO

Eu sou um violonista e nesta condição percorro as ruas, as praças públicas, dias e noites a cata de um lugar onde apresentar minha música e minha maneira de ver a vida, cantá-la e tocá-la.
Eu sou um plebeu, um mero servo de Deus a propagar a canção pelo mundo melhor que crio a cada dia. Ao meu redor, apenas e tão somente deixo que fiquem as boas almas, os bons espíritos e as boas energias.
O que seja hostil e doente que se cure para estar perto de mim.
Para estes seres envio minha energia positiva a fim de fazer a minha parte para sua melhora e recuperação.
Não sou nem serei o salvador do mundo. Mas carrego a minha cruz com dignidade, humildade e decência. Não deixo ônus nenhum para o mundo.
Serei sempre transparente e bom. Minhas ações serão pautadas pelo bem e ao bem servirei.
Tudo aquilo que me acontece só ocorre por que sou capaz de suportar.
A criatura maior, criadora do universo, me dá, a cada dia, provas para que as supere. Com fé e devoção sempre supero, certo que sigo um caminho reto, com flores e espinhos, para alcançar, no final, a luz do fim do túnel.
Além de violonista, que tem a música na alma, também atuo como jardineiro.
Em cada casa por onde passo, em cada jardim, deixo boas sementes, que crescem revigoradas pelo poder que Deus confere às minhas mãos.
Eu oro pelas plantas, assim como oro pelas criaturas humanas.
Eu oro e faço a minha parte. As plantas são o espelho do homem. Se elas morrerem os homens também morrerão.

CONTO DO VIGÁRIO OU ZÉ MARIO AZEDINHO INAUGURA CAPELA E LEVA FAMÍLIA PRA VER

Era engenheiro civil. Tinha 80 anos e adorava construir prédios. Andava pra lá e pra cá, acompanhava obras. Tudo isso guiando o próprio carro. Era incansável. Um belo dia, acordou de uma noite muito bem construída em seu inconsciente e bastante fértil. Havia sonhado com seu velho pai. Sujeito que morrera com quase 100 anos e nascera no distante século XIX.
No sonho, meio confuso, José Mário, via-se comprando vários galões de tintas naquelas casas barateiras no centro da cidade. Sentia também, no mesmo sonho, a presença e a voz do velho pai empurrando-o para tal tarefa. Ao despertar e aperceber-se de tudo, associou: “A capela. É isso, preciso mandar reformar e pintar a capela do papai pro Dia de Finados. Ele deve estar se revirando no túmulo e achando que eu esqueci dele”, pensou Zé Mario.
Passaram alguns dias e Zé Mário contratou seu Dias. Pedreiro, bombeiro, marceneiro, mestre de obras, pau pra toda obra e coveiro. Por isso estava sempre no São João Batista. À espera das mortes diárias que invariavelmente, fizesse chuva ou sol, aconteciam. Lá fazia bicos, espantava mosquitos e também se deparava com pedidos esquisitos, como o de seu Zé Mario.
Seu Dias passou noites trabalhando na reforma da capela. Precisava fazer aquele bico num horário que não fosse nobre. Pra ele o horário nobre era na parte da manhã. De noite quase sempre ele ia pra casa pra ficar no bar da esquina tomando “uns goró”, enquanto Lindaura, sua mulher, produzia o jantar e produzia-se como sobremesa quase sempre dispensada pelos apetites satisfeitos do marido ingrato. Pra quem não queria cumprir com suas obrigações conjugais um bico à noite não era mal.
Pois sim. O trabalho durou uma semana. Ao final daquela, exatamente no Dia de Finados, ficava pronta a obra de arte sacra do Seu Dias, de sobrenome Pinto, que não comparecia em casa, há dias, meses, e pintava aos sete as paredes enlutadas da capela do pai de Zé Mario, de sobrenome Azedinho, mas que era um doce de pessoa.
Zé Mário Azedinho acordou no Dia de Finados mais feliz do que em anos passados, pois naquele dia sua ida ao Cemitério não seria apenas uma visita fortuita para render homenagens a seus antepassados e suas raízes. E a seu velho pai, principalmente.
Preparado que só, Zé Mário planejou seu evento. Com antecedência necessária, mandou sua secretária, que dominava bem a linguagem da máquina, o tal computador, imprimir convites para a inauguração da nova decoração da Capela Azedinha. Secretária, de nome Kátia, a pedido do patrão, tratou também o padre, de sobrenome Conde, que atendia pelo nome de Pirajá. Pirajá de Conde. Rezava terço, ave-maria e pai nosso todo o dia no Outeiro da Glória, ou onde quer que fosse, no Rio ou na Bahia. Padre Pirajá, de batina e bota, foi buscado na Igreja da Glória no sábado pela manhã. Nunca havia feito missa em lugar tão pitoresco. “Tem doido pra tudo, com qualquer grau de parentesco”, pensou o padre, privando-se de formular resposta em respeito a Deus e à profissão que abraçara e de que gosta. Em caravana, partiram todos da família Azedinha, mais o vigário que, “pra” dar benção, ganhou contribuição a título de salário. Operário padrão de Deus, em nome da revolução.
Com orgulho no peito e devoção, Zé Mário apresentou a obra e sua conclusão às suas filhas, mulher, genro, primos, amigos e irmãos.
Muito grato disse ao capelão: “Oh vigário querido, dá tua benção sublime a este nobre instante da criação. Abençoai a capela reformada, última morada de meu pai Gonzaga, de nome João”. E todos foram embora da festa, felizes pensando em quem seria o próximo ter homenagens póstumas tão febris e belas como as que seu Azedinho preparara a seu velho pai.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

VIDA DEVOLVIDA






Diga 33! A meia noite de 12 (1+2) de outubro de 2010, dia da Criança, e da Nossa Senhora Aparecida, 33 mineiros, embaixo da terra desde agosto, aparecerão. De novo. A gosto de Deus. Nova certidão de nascimento. E se nascerão de novo, voltarão a ser crianças. Vida devolvida. Volvida vida de. Só Deus pode tirar a vida. Só Ele pode devolver! Respire, diga 33!

DA SÉRIE: FILMES PREFERIDOS NO PERFIL DO BLOG.












A ponte do rio Kway, em algum lugar do passado, me levou à sociedade dos poetas mortos.
E nós, que aqui estamos, por vós esperamos: a primeira noite de um homem.


HUMANOS

 

Bom, vamos nos escrever novamente. Recriar o de repente.
Saber como foi o que será.  Navegar.  Nave ver.  Novamente ser.

Buscar o imbuscável.  Sem representar.  Alimentar o passarinho que passará. Ver o verde que há, de verdade, em cada olhar.

Horizonte, a linha aqui defronte do ser que fui ontem. 
O que sou hoje, fruto do pretérito, futuro incerto, meta universal.

Buscar o trabalho, o trabalho, o trabalho, sempre.   Através dele é que nos reconhecemos e nos  conhecemos, integrantes desse meio terreno.
Sem meio termo. Sem termos o meio. Inteiros... Nossos comerciais por favor.


O ATOR

 

Dá a outra face e num instante se recompõe.
O ator está no seu papel, pronto pra continuar o jogo.

Louco, louco, louco.
O ator faz de tudo um pouco.
E tudo lhe cai bem. 
O personagem desce e vem.

Como uma luva.
Come uma uva, grita, berra, uiva.
Dá o texto, obedece marcações, chora, recita poemas, canções.

O ator é um grande liquidificador em permanente mudança dos paladares
que mistura e digere.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Rio Negro - São Gabriel da Cachoeira - AM- Eta lugar lindo!


MERCEDES SOSA!


La Negra Mercedes se fue pero ofreció su corazón, su voz.
Su magnitud!
Canta conmigo, canta. Hermano americano!
Pues, si todo cambia, yo sigo caminando y cambiando mi actitud.
Sólo lo que no cambia és nuestro sentimiento. El amor por tus canciones.
Por tu manera de hablar de cosas sencillas y a nuestra alma llegar.

Y vuelvo a mis diecisiete,  al día en te vi por primera vez.
Que magia en mi cuerpo adolescente.
Toda la piel de América en mi piel
Todo cambió, de repente!
Mercedes Sosa se hizo conocer por mi mente.

Duerme Negrito, que tu mamá está en el campo. Como la cigarra.
Yo, desde Brasil, solo le pido a Dios que te cuide. Que tu, Negra
querida, pueda cantar en la eternidad y alegrar a corazones y mentes de
los buenos espíritus que contentos están con tu llegada.

Para nosotros, que nos quedamos, para continuar, para recalcar y
considerar solo nos hace falta que estés aquí, con tus ojos claros. Y
tu razón de vivir. Viva Mercedes Sosa!



VÁRIAS VARIÁVEIS

                                                                               
Segundo disse fulano de tal,
que tem procuração para tanto,
são várias variáveis as do português.

E, para espanto geral, complementou:
"Diversas regras, exceções à vontade, e, diga-se de passagem, com crase."
Locução adverbial.

Segundo disse, é sempre uma suposição.
Portanto, aqui,  não conclusiva. Dessa vez passa.

Mas o pretérito que fiz é perfeito.
Sujeito? Há sempre um a frente da oração. Mesmo que seja oculto.
Sujeito, verbo, predicado. Cada um no seu quadrado.

Cada quadrado uma sentença.
E com toda a classe gramatical.
Mas isso é você, sujeito, quem pensa!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PALAVRAS À MILANESA

Palavras a mil à mesa
palavras ali na mesa
palavras, da boca pra fora
de fora, da boca pra dentro
engulo, mastigo, digiro
dirigo, corrigo a rota, penso
a rota das palavras é o vento
só o tempo dá tempo ao tempo!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

OUTUBRO!

Em breve será outubro.

Outubro ou nada! Em plena primavera.

Deixa o sol ascender.

E todos verão, até mesmo o inverno!

CIRANDA CIRANDINHA

Alimentação regrada
Palavras cantadas, encantadas
O som do violão
Contação de histórias da vovó
Quantos são os sonhos da atriz?
Bate palma quem gostou!

Jogos da memória
Fui no Tororó
Árvores de sonhos infantis
Ciranda, cirandinha
Eu não fico só.

Alimentação da alma, palavras guardadas
O som do coração.
Dietas no corpo e na mente, o silêncio, a redenção.

De repente, não mais que de repente
Da criança, um adulto.
Da semente, um cidadão.
São meus filhos crescendo.
Muito amor no coração!


Aos meus filhos, à Daniela e à Escola do Francisco, Ciranda Cirandinha.

ESPÍRITO SANTO

No Espírito Santos todos são Filhos de Deus.
E isso é uma grande Vitória!

domingo, 26 de setembro de 2010

CALENDÁRIO

O movimento vem.
A falta que ela me faz.
Gás: efeito falta
É noite alta.

O relógio marca.

Calendário.
Data: tempo, hora.
vento, sentimento, senti muito.

ressaca,
festa,
dia, evento.


agenda, férias, fogo.

faz tempo que não te vejo,
meu objeto de desejo.
Meu ensejo.

faz tempo que não te tenho:
meu empenho.
Doce veneno,
anjo sereno.

Faz tempo que não suporto
a dor da tua ausência.
e quando acordo....Reticências.....

NO TEATRO II

Dos dezessete aos setenta e cinco anos há muitas diferenças. Mas há também caminhos semelhantes, estradas paralelas.
Há poucos anos de praia, muitos anos de janela!
E um palco inteiro a ser dividido.
Um mesmo objetivo. Um texto a ser vestido, vertido.
Revestido de múltiplas interpretações.
Novas direções. Novos sentidos.

Dos dezessete aos setente e cinco há muitos panos pra manga.
Há cumplicidades, novos figurinos, meninas, meninos.
Jovens de espírito, intenso convívio, belas palavras, o som do teclado.

Cada um no palco, lado a lado. A grande respiração.
Um menestrel, em alto astral, que aprende a viver
com a graça de uma criança
e a pureza de uma canção.


Aos meus amigos do teatro da Pró-Vida.

sábado, 25 de setembro de 2010

NO TEATRO!

Descobri que é possível e acionei.
A vontade de cantar.
E cantei.
Descobri que é possível definir-se.
Sem nada definitivo.
E deixei de ser fugitivo...
de mim mesmo.
Reformulei!
O verdadeiro compasso.
A afinada nota.
O caminho e as respostas.
Descobri que é possível: Interpretei!