Palavras à Milanesa

Palavras à Milanesa
Não! Este blog não é de gastronomia. Mas de palavras. À Milanesa. Palavras simples como este prato de arroz com feijão, bife e batata frita.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

NOVE







“Marca a hora o relógio, mas o que é que marca a eternidade”? Walt Whitman


É mais uma tarde carnavalesca de verão em que o sol arde no bairro das Laranjeiras, dia 17 de fevereiro. E ele também é um sol. Foi pontual e preciso ao se desprender da barriga da mãe exatamente às 16h09min numa cesárea hercúlea. Num parto-chegada! Vamos combinar, queridos astros, que pelas combinações numéricas de dia e hora de nascimento ele é ímpar. E sendo ímpar, é também meu par, meu princípio, meu príncipe, meu retorno. Volver a los diecisiete. E agora me vejo voltando nove anos atrás àquele 17, e a sentir profundo como uma criança frente a Deus, como cantou Mercedes, a negra Sosa. Nove verões, nove carnavais, nove campeonatos cariocas depois. E aqui estamos. Como se não bastasse, é apaixonadamente Flamenguista, Fiel e Fanático, Francisco ao cubo, e com a bola nos pés. Sempre ela. Bola e Francisco, Francisco e bola. Quem nunca sonhou em ser um jogador de futebol? Além de dar tratos à bola, tem pinta de galã e artista, mas sou suspeito pelo fato de, com a ajuda da mãe, tê-lo feito. Estamos todos em festa na cidade do carná for all, neste país tropical de Dilmas e Rousseffs. É fevereiro, sou Flamengo, ele já tem um violão, não tenho um fusca, mas tenho um nego chamado Francisco, abençoado por Deus!