Palavras à Milanesa

Palavras à Milanesa
Não! Este blog não é de gastronomia. Mas de palavras. À Milanesa. Palavras simples como este prato de arroz com feijão, bife e batata frita.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Verão

Nunca verão o sol. Mas talvez no inverno vejam: a primavera acender. Ou tu, outono!

O Sol

O sol se estabeleceu. O sol se está belo sou. Se está belo sei. O sol se enquadrou num belo quadro amarelo e sorriu amarelo. O sol se solidarizou!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Lua

Alguém aí já viu a lua? Aquela mesma: branca, cheia, linda e nua?
Aquela transparente, contente, sorridente?
De repente, ela está no céu agora. É só olhar.
Para o alto e avante. Personagem principal, a lua. Não coadjuvante.
Repleta e completa, é a lua predileta. Cheia. Cheia de amor.
Pra dar.
A lua das crianças mansas, amorosas, da Clara e do Fran, que buscam a vovó num cantinho do céu.
Essa mesma lua que flutua e nos situa. Nos faz habitantes da Terra.
Pois é a lua assim tão linda neste 10 de novembro. E faz tempo que não a vejo tão vigorosa. Não me lembro.
Aproveite seu dia, aproveite sua noite. Essa mesmo de hoje. O que passou já era.
A lua sabe disso.
A lua é bela!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Na Repartição

- Bom dia, você é o funcionário novo?

- Sim, sim. Um prazer conhecê-la – disse o funcionário novo para a nova chefe que acabava de conhecer.

- Ok. Vamos começar.

- Todos os dias você deve chegar, ir direto ler os jornais e me fazer um relatório com as noticias de destaque até 9h30min. Estamos combinados assim?

- Ah, esqueci. Não olha pro lado, ok? Foco, foco, foco. Preciso que cumpra a tarefa com rapidez e eficiência.

Aturdido com tão improvável recepção, o funcionário novo pegou o seu paletó que já repousava em cima da cadeira e pôs-se a trabalhar.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Entre

Entre o beijo, o afeto e o olfato, o fato.
Entre o clima e o romance, o lance.
Entre a primeira vez e o clímax, a chance.
Entre a concepção e o nascimento, o feto.
Entre o machucado e a cicatriz, o tempo.
Entre a tempestade e a bonança, o vento.
Entre as estações, a chuva e o calor.
Entre as tentativas, a paixão e o amor.
Entre, a porta está aberta!

sábado, 22 de outubro de 2011

Paradoxo do Gato 2

O Gato malhado, molhado, subiu no telhado. Lá, conheceu a gata garota, arrastou asa pra ela. Se apaixonaram, casaram, tiveram sete gatinhos. Um dia, andando pelo telhado, destrambelhado, distraído, sem óculos e botas, não viu um vão e caiu. Morreu. Não tinha sete vidas!

A Bailarina

A bailarina fica na ponta do pé. Então, aponta pra ponte que a leva detrás do monte. Um monte de gente a aguarda lá. Naquele cenário, além do arco-iris, toda prosa, faz um verso. Imagina uma rima no espaço-tempo, imagina a coreografia da via que atravessa. A vida, assim, sem pressa, sem pressão. Fica só a impressão, o movimento, o gesto, o passo. O primeiro passo. O primeiro passarinho. A vida e o vinho. Quanto mais velho melhor. A bailarina, já não tão menina, sabe do que estou falando!